o penteado dos coqueiros
o céu de vestido vermelho
as cordas as canelas bambas
das estátuas na fila da forca
os brilhantes da coleirinha
do cão da madame de cera
e todos os insetos em crise,
que-dia!
o céu de vestido vermelho
as cordas as canelas bambas
das estátuas na fila da forca
os brilhantes da coleirinha
do cão da madame de cera
e todos os insetos em crise,
que-dia!
que designer de exteriores!
nuvens higiênicas e modernas
árvores bem projetadas
o lixo bem disposto
a grama cortada na tesoura
os peixes os besouros
criados em cativeiro e essas
grades emoldurando o olho
eu faço parte do cenário
mas, isso, não escolho
árvores bem projetadas
o lixo bem disposto
a grama cortada na tesoura
os peixes os besouros
criados em cativeiro e essas
grades emoldurando o olho
eu faço parte do cenário
mas, isso, não escolho
o que eu tô fazendo aqui,
- que nojo!
entre os pontos finais
na fila das reticências?
- que nojo!
entre os pontos finais
na fila das reticências?
"entre os pontos finais na fila das reticências?"
ResponderExcluirNunca vais chegar a ponto final...melhor!
beijo
wanyletty.blogspot.com.br
"eu faço parte do cenário
ResponderExcluirmas, isso, não escolho"....penso nisso sempre...Em como não ser mais uma no meio da multidão....
Bjs.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFicou lindo. Sem duvida um dos mais bonitos
ResponderExcluirInteressante a maneira como você se apodera de elementos simples, até de você mesmo, e constrói um cenário poético nonsense e cheio de beleza. Além disso, você se utilize de maneira bem criativa dos versos brancos e livres, sem exageros. Parabéns! Olha essa coisa feia que escrevi:
ResponderExcluirMinha mentira
Quero essa descrença.
Mas só para mim,
Só quero eu assim.
Sem saber o ir
Muito menos, o por vir.
Os pés que vacilam.
As palavras falhas.
A lágrima, essa constante,
Dos olhos, saem a todo instante
E eu me perco
Nesse triste cerco.
De viver o que não quero.
Logo, perco o que quero.
Os sonhos que se foram
E uma verdade vem.
A realidade do que sou
Um sou que evitei
Mas, agora, o retomei.
Pois o que tentei ser
Não consegui fazer.
Hoje, vejo que fingia.
Mas tinha alegria.
O que será melhor:
Viver a verdade do pior
Ou a mentira do melhor?
só podemos escolher o qué queremos transformar.
ResponderExcluir"o que eu tô fazendo aqui,
ResponderExcluir- que nojo!
entre os pontos finais
na fila das reticências?"
Exatamente.