segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

24

quando o sol apaga as estrelas
a noite vai pra trás dos olhos
onde é sempre quase amanhã

amanhã,
duas bocas formam um sorriso

por detrás das pálpebras, esse teto,
pinturas ancestrais e secretas,
onde nenhum homem nunca pisará
sem sempre antes se afogar

essa mordida recém-nascida
o brilho de um estrela de dia

em boca fechada,
não entra tua língua...

quando o sol apaga as estrelas,
eu fecho os olhos,
e acendo-as todas:
é sempre noite no céu que mora na tua boca 

3 comentários:

  1. Sempre gostei de poesias e, quando soube que você também escrevia, fiquei curiosa para lê-las. Olha, você me surpreendeu muito! Primeiro, porque existe algo em suas poesias que nos faz querer ler uma e depois outra e outra... E depois lamentamos por já termos lido todas e querermos mais! Segundo, porque planejei comentar naquela que eu mais gostasse, mas acabei me apaixonando por várias! Acabei escolhendo, então, essa, que foi uma das que eu mais gostei e me identifiquei! Espero que você consiga fazer seu livro para abrir sorrisos de várias pessoas, assim como você abriu o meu. E com esse talento, você merece! Compraria sem dúvida alguma.
    PS.: Quem nunca imaginou o espelhinho do dentista como uma nave espacial, não teve infância hahah

    Carolina Lima de Meireles

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    1. Tbm gosto de poesias e concordo com você Carolina Meireles de querer ler uma depois outra.

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